Uma mulher trans inglesa reclama de não conseguir substituir seu "nome morto" no aplicativo do Uber.
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O "nome morto" é aquele que pessoas trans foram registradas em seu nascimento e do gênero com ao qual não se identificam.
Ao jornal Metro, Charlie Hadley, de 33 anos, afirmou que sente-se insegura quando entra em um carro e o motorista a chama de "senhor".
"Eu fiz a transição há quase um ano agora. Eu realmente odeio entrar nos carros e ser questionada: 'Como está a sua noite, senhor?", apontou.
"Não quero entrar em uma conversa [sobre ser trans] com os motoristas, especialmente se eu já bebi e estou voltando para casa."
E continuou: "Eu não deveria ser revelada como uma mulher trans por causa de um processo interno de software estúpido."
O problema tem origem, de acordo com a publicação, na tentativa de Charlie de ter sido motorista da empresa.
Ela se candidatou a dirigir pelo app, mas não foi aceita, segundo ela, por que seu carro "não era novo o suficiente para eles".
Seu "nome morto" ficou vinculado ao Uber - até hoje, seu perfil é de motorista - e a empresa não aceita mudança de nome de quem dirige os veículos.
"Eu entendo que eles podem estar preocupados com a mudança de nome de motoristas com má reputação, mas o Uber deve ser capaz de [lidar com isso] por meio de outros mecanismos além de apenas um nome", diz Charlie.
À reportagem, a empresa afirma que está "comprometida com a diversidade e inclusão" e que tem "uma política de tolerância zero para a discriminação, inclusive com base no sexo ou gênero".
"Lamentamos que a usuária tenha tido uma experiência tão ruim conosco e atualmente estamos investigando como podemos melhorar nossos processos."