Nascida em São Paulo e atualmente vivendo em Itapevi, na Região Metropolitana de São Paulo, Ana Beatriz Ruppelt é candidata pelo PDT a deputada federal por São Paulo.
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Neta de família alemã, mulher trans e lésbica, Ana Beatriz tem 63 anos, é casada, tem quatro filhos e quatro netos.
Bacharel em Direito e pós-graduanda em Políticas Públicas, a candidata é consultora empresarial para pequenas e médias empresas na área de contratos comerciais.
Ana Beatriz conta que começou a militar de forma digital quando estudava Direito e pesquisava para seu TCC, que teve o tema "Os transexuais como cidadãos de segundo classe".
"Criei e administro cerca de 17 grupos no Facebook com cerca de 110 mil membros e participo em outros 1.500 grupos - a maioria LGBT", revela.
A pedetista já foi eleita para o Conselho Gestor do CRT-DST/Aids, da Secretaria Estadual da Saude de São Paulo por duas legislaturas. Este é o primeiro cargo político ao qual disputa.
O Guia Gay São Paulo conversou com Ana Beatriz a respeito de suas propostas.
O Brasil é um dos países mais avançados do mundo em relação à proteção e legislação pró-LGBT, mas ainda há desafios para a cidadania arco-íris. Quais suas propostas para que o País avance nessa questão?
A minha maior preocupação é com a qualidade da saúde da população LGBT, as administrações municipais e estaduais não realizam nem implementam as políticas de saúde de forma especificas, verificamos isso com terapia hormonal e nas cirurgias. Muitos médicos se recusam declaradamente a dar atendimento.
Outra será minha dedicação para que a legislação de crimes de racismo venha abarcar todas as formas de discriminação possíveis, penso, ser mais fácil emplacar. Também será dada uma prioridade para que as empresas empreguem de forma sistemática, fazendo adaptações na legislação hoje existente de cotas. Não gosto de pensar que deva ser assim, mas já que de forma espontânea não acontece, será então de outra.
Quais são seus projetos para a população brasileira em geral?
Emplacar uma legislação em que os pets sejam chipados, vacinados com outros tipos, que as prefeituras municipais tenham e façam atendimento emergencial; recolhimento de cadáveres (o abandono das carcaças) é problema de saúde pública.
Batalhar para baixar os impostos de remédios veterinários em geral, e da alimentação de todos os animais, Endurecimento de legislação para crimes de subtração de animais silvestres.
Fazer uma legislatura de forma que não ficarei focada somente nos problemas de São Paulo, temos um problema de saúde humana enorme de maus atendimentos, falta de hospitais de base, de referência e de leitos de UTIs, lutar contra a PEC 95 que congelou os investimentos, alem de ser contra a reforma da previdência conforme está formatada, e da "nova CLT", que precisa ser revista urgentemente
Votar em você é ajudar a eleger pessoas do seu partido e da sua coligação. Quais são esses partidos? Qual o compromisso deles com a cidadania LGBT?
No PDT, Ciro Gomes foi o primeiro candidato a presidente que assinou a proposta da Aliança Nacional LGBTI+, assim como todos os demais candidatos também o fizeram. É o partido que mais tem acolhido tais propostas.
Votar no PDT é votar em deputados estaduais e federais compromissados com a renovação de uma nação. No mais, sou coordenadora regional da Aliança Nacional LGBTI+, o que me fará ter postura dura com relação ao cumprimento de compromissos com a população LGBTI+.
Essa entrevista faz parte de série do Guia Gay São Paulo com candidaturas de LGBT. O objetivo é dar visibilidade as suas propostas, partidos e coligações de forma a colaborar com a decisão do segmento arco-íris e simpatizantes na hora do voto.
