Mesmo em um dos paraísos gays da América Latina, as coisas não são fáceis para quem resolve abrir estabelecimento voltado a esta comunidade.
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Em Puerto Vallarta, no estado mexicano de Jalisco, uma cruzada de religiosos está disposta a fechar um bar gay aberto há pouco tempo.
Como se estivessem em uma novela regional de Aguinaldo Silva, beatas se prontificaram na porta do Candy Bar, no sábado 23, lideradas por um padre.
O pároco, Esteban Salazar González, chamou órgãos da prefeitura alegando que o local funciona fora dos horários pré-determinados.
Ao jornal local Tribuna de la Bahía, religiosos denunciaram que o estabelecimento possuiria espaço para encontros íntimos.
Foi firmado compromisso pelas autoridades de vigiar o bar e analisar se há possibilidade de fazê-lo fechar.
A perseguição ao Candy Bar já vem de várias semanas. Assim que o local abriu, o padre contatou a prefeitura, que foi ao local e não encontrou irregularidade.
O religioso insiste que não se trata de discriminação, mas de cumprir uma lei local.
"Este tipo de lugar não deve estar em um perímetro de 150/200 metros de um centro educativo ou de um templo religioso", afirmou o pároco.
"Vallarta era nossa. Já não podemos mais caminhar pelas ruas", disse um morador à publicação. "Agora, passa um gay aqui e ele pode andar pelado e fazer o que quiser. Devolva-nos nossa soberania."