O Centro de Cidadania LGBT Arouche será batizado com o nome de Luiz Carlos Ruas, ambulante espancado e morto na noite do domingo 25 na estação Pedro II, da Linha 3-Vermelha do metrô.
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Ruas, também conhecido como Índio, de 54 anos, tentou defender a transexual Raíssa Saad, de 29 anos, e um homossexual morador de rua que apanhavam dos primos Ricardo Martins do Nascimento e Alípio Rogério Belo dos Santos fora da estação.
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Ambos conseguiram escapar e Ruas, já dentro da estação, se tornou o alvo da violência dos criminosos. As imagens das câmeras do metrô não deixam dúvidas da agressão desmedida recebida pela vítima, sem chance de defesa. Os assassinos confessos estão presos na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, e apresentam versões conflitantes. Ora dizem que cometeram a violência porque estavam bêbados, enquanto seu advogado alegou que teriam sido vítimas de tentativa de assalto, o que as testemunhas negam.
Em nota, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) afirma que este foi o último ato de 2016 do órgão e que o centro atua na defesa dos direitos humanos e, em especial, na proteção da população LGBT, com atendimento jurídico e psicossocial a vítimas de violência, preconceito e discriminação, além de também ser a sede do Programa Transcidadania, que por meio de renda, educação e qualificação profissional busca ampliar a visibilidade e garantir cidadania a travestis, mulheres e homens transexuais.
Segundo a SMDHC, o nome de Luiz Carlos Ruas também passou a integrar o Banco de Referências em Direitos Humanos para a nomeação de logradouros e equipamentos municipais. O banco foi estabelecido em portaria do último dia 27 e é composto por nomes de referência na luta por igualdade racial e de gênero, além de personalidades relevantes para as temáticas LGBT, Memória e Verdade, População em Situação de Rua, Cultura, Juventude, Imigrantes, Criança e Adolescente, Política sobre Álcool e Drogas, Educação em Direitos Humanos, Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida e Trabalho Decente.