Pré-candidato à Presidência da República pelo Novo, João Amôedo foi questionado a respeito de união entre pessoas do mesmo sexo e de censura a exposições de arte.
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"Sou a favor da redução da maioridade penal para 16 anos, sou a favor da união homoafetiva e no momento sou contra a descriminalização das drogas", disse o candidato a respeito de temas polêmicos, à Isto É.
A publicação também quis saber por que o candidato não se posicionou sobre a comentada performance de um artista no Museu de Arte Moderna (MAM-SP) que estava nu e foi tocado por uma criança, em 2017.
"Eu sempre tenho coerência com as coisas que eu falo", afirmou Amôedo. "Sou contra uma criança ir manusear um adulto nu. Para mim isso é inadmissível. Eu tenho três filhas, estão mais velhas hoje, mas eu absolutamente as levaria para um evento como esse."
"Por outro lado, o que disse e que pode ter gerado algum ruído é que se você tem um evento como esse não devemos censurar, mas o que deve haver é uma ressalva na entrada que é proibido para crianças. Temos que separar o que é liberdade de expressão é o que é responsabilidade."
"Aquilo não foi arte então?", questionou a revista. "Na minha avaliação não", respondeu. "Pode haver alguém que ache que aquilo é arte. Mas não faz sentido permitir que crianças pudessem ir a esse tipo de exposição."
E continuou: "Se um adulto quer ir, tudo bem. Mas tem que haver um aviso forte na entrada proibindo a entrada de crianças. É diferente de proibir alguém que faça esse tipo de evento."
Pesquisa realizada pelo Ibope no final de junho apontou Amôedo com 1 por cento das intenções de voto e oito por cento de rejeição.
Caso não alcance o segundo turno, o candidato, segundo a publicação, inclina-se a apoiar Geraldo Alckmin (PSBD) ou até Jair Bolsonaro (PSL).
Amôedo é ex-banqueiro, engenheiro e administrador de empresas. Um dos fundadores do partido Novo, o candidato é carioca e tem 55 anos.