O policial militar Leandro Prior queria fazer uma surpresa ao namorado, mas foi impedido por causa de uma norma.
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Prior, de 28 anos, teve pedido negado pela Polícia Militar de São Paulo para usar farda fora do trabalho. Sua intenção era propor casamento ao namorado, o caça-talentos Elton Luz, de 26 anos, durante a 23ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, agendada para o próximo omingo.
A instituição alegou que o regulamento não prevê uso do "fardamento" por agentes da PM que estejam de folga em "manifestações".
Após a repercussão do caso, a PM afirmou, por meio de nota, que não faz distinção de pessoa por orientação sexual ou identidade de gênero.
Em suas redes sociais, Prior tem postado vídeos e fotos de policiais fardados pedindo namoradas em casamento, com críticas à PM.
Ao G1, o advogado do policial, Antonio Alexandre Dantas de Souza, disse que ele e o cliente discutirão quais medidas tomar.
"Leandro está triste e desanimado. Sentarei com ele agora. Vamos verificar o que é importante e o que pode ser feito legalmente", disse à reportagem.
"Seria algo grandioso, não só para ele quanto para muitos outros. Leandro tem orgulho de ser policial militar. Ele tem orgulho de ser quem ele é e de amar quem ele quiser."
Prior ficou nacionamente conhecido, em junho de 2018, quando um vídeo gravado sem autorização mostrou ele beijando o namorado dentro do metrô.
Desde então, ele recebeu ameaças de morte, e iniciou tratamento contra depressão e afirma que sofre homofobia institucional. Por ter deixado o coldre da arma aberto, ele responde a um procedimento administrativo na corporação.