Perseguido por ser gay, um rapaz atravessou o mundo e está há um mês vivendo em um aeroporto à espera de seu destino final em busca da sonhada segurança.
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Tarek Abdelhay vivia no Líbano e trabalhava com o pai no comércio. Ele relata que teve de fugir após passar a ser ameaçado e perseguido por causa de sua orientação sexual.
Sua saga começou em 13 de junho quando ele viajou para Istambul, na Turquia. Dias depois, ele pegou voo para a Cidade do Panamá. De lá, foi para a capital equatoriana, Quito.
Então, Tarek seguiu para Guayaquil, também no Equador e dali, finalmente, foi para seu destino final: Madri.
Mas na capital espanhola, o jovem perdeu seus documentos. Lá, ele ficou dez dias sob tutela da Cruz Vermelha.
Após ter seu pedido como refugiado rejeitado, Tarek foi mandado de volta para o último destino antes de Madri, ou seja, Guayaquil.
O libanês passou a viver, desde 5 de julho, no aeroporto José Joaquín de Olmedo à espera de solução para seu caso.
Sua bagagem demorou dez dias para chegar, o que fez com que Tarek passasse frio.
Com fome e sem banho, o jovem contou com ajuda de alguns funcionários de lojas do aeroporto. Sua cama foram os bancos.
Muçulmano, passou a fazer suas orações no banheiro ou dentre os passageiros, sentados.
"Falo com minha família, meus amigos, mas a maior parte do tempo caminho entre o portão de embarque número sete ao 11", contou à mídia local.
O Ministério de Relações Exteriores do país contatou a Embaixada do Líbano no Equador, mas as duas opções dadas a Tarek não era promissoras.
Eles poderiam emitir passaporte de emergência para o rapaz, mas que só serviria para ele voltar para o Líbano. A outra opção era produzir um passaporte simples, mas que necessita de autorização expressa do governo libanês, algo que poderia levar meses.
O desejo de Tarek era ir para a Europa ou Canadá - para onde ele tinha visto.
Tarek não deu muitas informações à imprensa sobre sua família nem permitiu ser fotografado. Ele teme que sua família seja perseguida se suas fotos circularem na internet e chegarem ao Líbano.
Por fim, após advogados intercederem, Tarek conseguiu na sexta-feira 30 que a embaixada libanesa se comprometesse a fornecer documentos provisórios no prazo de oito dias.
Ele poderá, então, voltar para Madri e viver a vida que planejou.
Agradezco a todos los que me ayudaron a encontrar una solución a mi problema, unos días y salir del aeropuerto al lugar que quería, un agradecimiento especial a los abogados que defendieron mi a la vanguardia de ellos @LoloMino @HectorVanegasF.
— Tarek Abdelhay (@TarekAbdelhay2) July 31, 2021
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