Alguns países têm adotado medidas particulares na quarentena contra a Covid-19. Homens saem em um dia e mulheres em outro.
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A medida é justificada pelos governos para que seja mais fácil monitorar os cidadãos e saber se estão cumprindo as normas.
No entanto, ela tem sido encarada de forma diferente pelos governos em relação às pessoas transgêneros.
No Peru, homens podem sair às segundas, quartas e sextas e mulheres, terças, quintas e sábados. Domingos, todos em casa. A medida vale, pelo menos, até 12 de abril.
Pelas redes sociais, pessoas reclamaram que a norma é discriminatória e pouco inclusiva. Entidades transexuais pediram a revogação da lei em nome das pessoas que não se enquadram em um gênero.
Segundo o site noticioso El Periódico, o governo peruano, então, editou decreto que permite que transgêneros podem sair de casa no dia em que se sentem mais seguros.
Já no Panamá, a história é outra. Por lá, também vigora medida parecida. Homens saem às terças, quintas e sábados e mulheres, segundas, quartas e sextas. Aos domingos, ninguém pode sair.
Pessoas trans e não-binárias têm denunciado que ficaram à mercê de violência. Há relatos de homens trans que saem às ruas (em dias destinados aos homens) e são interpelados pela polícia, que os mandam voltar para casa, já que nos documentos continuam com nome feminino.
Outras pessoas denunciam que mulheres trans são filmadas em supermercados por outras mulheres (cisgênero) acusando-as de estarem descumprindo a norma oficial, uma vez que as consideram como homens.
O governo local ainda não tomou nenhuma atitude para encerrar com a intolerância contra essa parcela da comunidade LGBT.
