A Polícia Civil de São Paulo concluiu que o suposto atentado à casa de Carolina Iara, integrante do chamado "mandato Bancada Feminista", do Psol, na Câmara Municipal de São Paulo, foi realizado com fogos de artifício e não com tiros de arma.
Em 26 de janeiro, Carolina e seus familiares relataram terem ouvido disparos de arma de fogo e notaram marcas na parede. Ela trocou temporariamente de residência como medida de segurança.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) afirmou que não houve tiros e que aguarda laudo pericial sobre marcas de bala encontradas.
Em nota, a Bancada Feminista disse que "caso a conclusão do inquérito seja confirmada, respira mais aliviada porque uma de suas integrantes não sofreu um ataque com arma de fogo. No entanto, consideramos que não deve ser naturalizado o fato que bombas sejam jogadas em frente à casa de uma parlamentar".
Oficialmente, Iara, que é intersexo, não tem cargo eletivo. Ela se autodenomina covereadora, categoria inexistente na Justiça Eleitoral. A detentora do mandato é Silvia da Bancada Feminista.
Segundo o G1, a polícia ainda investiga se o episódio registrado em frente à casa de Carolina tem relação com outras duas denúncias de atentados feitas pela vereadora Erika Hilton e a integrante do mandato coletivo Quilombo Periférico Samara Sosthene, ambas transexuais e do Psol.
No mesmo 26 de janeiro, Erika denunciou que um homem tentou invadir seu gabinete e a perseguiu. O homem disse a assessores da parlamentar que estava sendo processado por Erika por ter feito ameaças a ela nas redes sociais. Na ocasião, ele queria entregar carta com pedido de desculpas.
Em 31 de janeiro, Samara relatou à polícia ter ouvido disparo em frente à sua casa. O relato foi corroborado por testemunha.