Faleceu na madrugada desta terça-feira 16 a empresária Elisa Mascaro.
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A noite LGBT não seria a mesma sem Elisa. Entre os anos 1970 e 1990, Elisa foi dona de alguns dos principais endereços frequentados pela comunidade.
Foi criação dela a Medieval e a Corintho, duas das mais lendárias boates gays de São Paulo e do Brasil.
Elisa abriu as portas para artistas gays e transexuais fazerem shows como transformistas que se tornaram uma sensação na capital paulista.
Como lembrou o ex-coordenador da Diversidade Sexual do Estado de São Paulo Cassio Rodrigo, em suas redes sociais, Elisa deu emprego, com carteira assinada, para essas pessoas em uma época que a sociedade lhe virava as costas.
Elisa é uma das entrevistadas no tocante documentário São Paulo em Hi-Fi, de Lufe Steffen, que retrata a noite LGBT paulistana das décadas de 1960 a 1990.
"Elisa abriu sua casa, seu baú de memórias, suas lembranças e seu acervo, contribuindo de forma inestimável para que nosso filme se tornasse o que é. Revelou suas emoções, compartilhou conosco sua história e assim deixou sua marca. Há pessoas que não passam em branco pela vida e Elisa Mascaro é uma delas", lamentou o cineasta em sua página no Facebook.
A empresária tinha 78 anos. O velório foi realizado no Cemitério São Pedro e o corpo foi cremado no Crematório da Vila Alpina.