O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, aproveitou-se da pandemia da covid-19 para encaminhar mais um projeto contra pessoas LGBT.
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Na terça-feira 10, minutos antes do país entrar em nova quarentena parcial - por causa da segunda onda do novo coronavírus - o mandatário enviou ao parlamento projeto que praticamente proíbe casais homossexuais de adotarem filhos.
No país, o casamento homossexual é proibido. Casais de gays e lésbicas adotam como pessoas solteiras. A proposta de Orbán é para que apenas pessoas oficialmente casadas - ou seja, em relacionamentos heterossexuais - possam adotar. Solteiros precisariam adquirir uma permissão especial do ministério responsável por assuntos familiares.
No "pacote" de novos projetos, o primeiro-ministro também determina que a educação de gênero seja pelos princípios do catolicismo e que partidos de oposição devam se unir ou competir entre si, limitando suas chances para derrubá-lo do poder.
Em maio, Orbán já havia proibido a mudança legal do sexo em documentos pessoais.
Ele está governando por decreto, pelos próximos três meses.
Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que não é coincidência as medidas serem apresentadas nesse período.
Por causa da pandemia, manifestações nas ruas estão proibidas, o que faz com que o governo não possa receber críticas ou protestos da população.