Integrantes do Diversidade Tucana, setorial LGBT do PSDB, teriam sido vítimas de agressões físicas de pessoas do Partido da Causa Operária (PCO) em manifestação para pedir o impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), realizada no sábado 3 em São Paulo.
Um dos mais importantes ativistas LGBT paulistas, Nelson Matias, denunciou o caso. Ele não é filiado ao partido, mas estava próximo ao grupo no ato.
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"Fomos agredidos covardemente. Integrantes do PCO nos agrediram, tentaram tomar a faixa do Diversidade Tucana. Houve agressão física, jogaram pedrada, bexiga com tinta, lixo", falou em grupos de ativismo.
O grupo do qual ele participava estava com bandeira arco-íris. Atrás havia o coletivo com faixa nas cores do PSDB e nome do ex-prefeito Bruno Covas, morto em maio passado.
Nelson, que é um dos fundadores da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, desabafa a respeito da intolerância.
"Foi claramente uma ação orquestrada, fascista. A mim, a questão agora é a quem devemos temer: os bolsominions milicianos ou os esquerdistas fascistas do PCO?"
O ativista afirmou que não conseguiu gravar os atos, mas que procurará quem tenha vídeos do ocorrido.
Nossa reportagem tentou falar com o PCO, mas link para imprensa no site da agremiação está inabilitado e o telefone disponibliizado no Facebook não respondeu mensagem enviada via Whatsapp.
Durante os atos, foi postado em rede social do partido crítica ao PSDB. "Partido de Doria, FHC e Aécio Neves é tão bolsonarista quanto Bolsonaro".
A manifestação que reuniu milhares de pessoas na Avenida Paulista terminou com cenas de vandalismo e confronto com a polícia militar.