Gay mexicano é preso no Catar e deixado sem antirretrovirais

Polícia armou emboscada para Manuel Guerreo Aviña pelo Grindr

Publicado em 28/02/2024
Manuel Guerrero Aviña: mexicano gay preso no Catar
Familiares afirmam que Manuel é alvo de tortura psicológica, além de outras arbitrariedades

Um cidadão mexicano foi preso em 4 de fevereiro no Catar e é mantido encarcerado desde então sem acesso a medicação antirretroviral para tratar HIV.

Curta o Guia Gay no Instagram

Os familiares de Manuel Guerrero Aviña procuram a imprensa e entidades de direitos humanos para denunciar o que tem ocorrido e pedir pela sua libertação.

À rádio local Chilango, o irmão de Manuel, Enrique Guerrero falou sobre a tática usada pelos oficiais do Catar para prender seu irmão.

"A polícia do Catar criou um perfil falso num aplicativo chamado Grindr, que serve para marcar encontros. Com esse perfil falso, marcaram um encontro com Manuel, que, quando chegou a hora e no dia do encontro, desceu do seu apartamento para a recepção e foi imediatamente algemado, subjugado e detido arbitrariamente simplesmente por este fato", disse.

Enrique relatou que a polícia forjou ter encontrado com seu irmão um quarto de grama de metanfetamina para incriminá-lo por posse de drogas e que isso é prática comum das autoridades locais contra gays.

Manuel faz uso de antirretrovirais para tratar HIV e está, segundo seu irmão, sem acesso aos medicamentos há quase um mês.

Na prisão, ele teria sido submetido a tortura psicológica, obrigado a assinar documentos em árabe sem um tradutor e negado o direito a um advogado.

As autoridades também teriam tentado fazer com que Manuel informasse quais de seus contatos telefônicos eram gays. A prática é comum em países homofóbicos.

O mexicano foi viver em Doha para trabalhar em uma companhia aérea há sete anos.

A Embaixada do México no Catar informou que está atenta desde que soube do caso. Em comunicado, eles também disseram que, como Manuel também tem nacionalidade britânica e ingressou no país asiático com seus documentos britânicos, a Embaixada do Reino Unido é quem está à frente da situação.

A homossexualidade é ilegal no Catar, que é de maioria muçulmana. A pena pode chegar a sete anos de prisão, além de pagamento de multa, tortura física e deportação para estrangeiros.

 

Você já ouviu os lançamentos de artistas LGBT ou com foco na comunidade? Siga nossa playlist Rainbow Hits no Spotify que é atualizada constantemente com as melhores do ano do pop, eletrônico e MPB de várias partes do mundo.

 


Parceiros:Lisbon Gay Circuit Porto Gay Circuit
© Todos direitos reservados à Guiya Editora. Vedada a reprodução e/ou publicação parcial ou integral do conteúdo de qualquer área do site sem autorização.