Um homem foi condenado à morte na Dakota do Sul, nos Estados Unidos, porque como homossexual ele 'poderia gostar' de ficar preso junto a outros homens.
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O assassinato ocorreu em 1992. Charles Rhines esfaqueou e matou um funcionário de uma loja de donuts. No ano seguinte, ele foi considerado culpado e sentenciado à pena de morte.
De acordo com o jornal britânico Metro, no processo que foi analaisado pelo Supremo Tribunal Federal do país, no mês passado, consta que a sexualidade de Rhines foi apontada por diversas vezes no julgamento e três jurados admitiram que trataram o caso com preconceito.
Jurados questionaram se ele "poderia se misturar com a população presa", "criar um grupo de seguidores ou admiradores", "gabar-se de seu crime para outros detentos, especialmente homens mais jovens", "casar ou ter visitas conjugais" ou "ter um companheiro de cela".
Um jurado declarou que os jurados "sabiam que Rhines era homossexual e achavam que ele não deveria poder passar a vida com homens na prisão.
Um segundo lembrou ter ouvido um jurado não identificado comentar sobre o réu que, "se ele é gay, nós estaríamos enviando-o para onde ele quer ir se nós votássemos por [prisão perpétua sem a possibilidade de liberdade condicional]."
Um terceiro confirmou que "houve muita discussão sobre a homossexualidade. Houve muito desgosto. Esta é uma comunidade agrícola."
A despeito de tudo isso, o Supremo norte-americano recusou a apelação de Rhines e manteve a pena de morte sem uma justificativa.