Defensores de direitos humanos estão com nova missão: trabalhar para libertar 21 ativistas LGBT que foram para a prisão em Gana por participar de oficina de treinamento sobre como denunciar violações.
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O país africano de 30 milhões de habitantes, além de condenar à detenção homens que fazem sexo com outros homens, proíbe a reunião de mais de duas pessoas. A norma não tem relação com a pandemia da covid-19.
De acordo com denúncia da ONG LGBT Rightfy Ghana, em 20 de maio, na cidade de Ho, 16 homens e 5 mulheres participavam de treinamento sobre como usar equipamentos de comunicação e internet para denunciar desrespeito aos direitos humanos do segmento.
Inicialmente, jornalistas entraram de forma inesperada no curso para ter fotos e publicar o desrespeito à lei federal que veta aquele tipo de evento.
Esse fato levou desespero aos ativistas, que começaram a pedir clemência e a chorar por temer a prisão.
Em seguida, a polícia invadiu o local e todos participantes da formação foram detidos. Não houve direito a nenhum tipo de liberdade condicional.
Na segunda 24, o governo dos EUA pronunciou-se com demanda para que a sociedade e as autoridades de Gana respeitem os direitos humanos LGBT.
Não há, até agora, sugestão de nenhum tipo de sanção comercial ou diplomática.
A entidade ganense LGBT pede para que pessoas de todo mundo tuítem a hashtag #ReleaseAllThe21 como forma de pressionar as autoridades.