O Metrô de São Paulo disse que tomará providências contra agente de segurança que postou mensagem discriminatória a respeito do episódio que culminou com a morte do ambulante Luiz Carlos Ruas.
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Na mensagem, uma pessoa de nome Patrícia Marcelo diz: "Você é a favor da causa gay? Vai dar meia hora de bunda, defensor e comedor de traveco. Pula a catraca na estação que eu estiver, vou te dar um tratamento vipe".
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O post faz alusão clara à violência sofrida pela transexual Raíssa Saad, de 29 anos, que pulou a catraca da estação Pedro II do metrô para fugir de dois agressores, na noite do domingo 25. Ricardo Martins do Nascimento e Alípio Rogério Belo dos Santos começaram agredindo Raíssa e um morador de rua homossexual e terminaram por espancar até a morte o ambulante.
Em resposta à página Metrô SP Depressivo, no Facebook, que divulgou o comentário (com o nome parcialmente rasurado), a Companhia do Metropolitano de São Paulo afirmou que apesar da declaração ter sido feita em uma página pessoal, o funcionário (sic) foi identificado e que está tomando as "medidas administrativas cabíveis".
"O Metrô de SP não compactua com qualquer tipo de preconceito ou violência, seja de gênero, religioso, racial ou qualquer outra atitude que fira a dignidade humana", explicou a companhia.
Dentro do código de ética do Metrô estão a valorização da cidadania, o respeito à diversidade e o atendimento com educação, respeito e presteza, valores que esta agente de segurança, claramente, não demonstra possuir.