A Central Única dos Trabalhadores (CUT-SP) divulgou nota sobre sua ausência pela primeira vez nos 22 anos da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que será realizada neste domingo 3.
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"A atual gestão da entidade, responsável pela organização do evento, impôs dificuldades, com a cobrança de uma taxa considerada abusiva, que fez a entidade desistir de sua participação", escreveram sobre a APOGLBT, associação que organiza a marcha.
Para a Secretaria de Políticas Sociais da CUT-SP, responsável pelas negociações do sindicato com a parada, as motivações da entidade foram políticas.
"Quando assumiu a produção cultural da parada, no ano passado, Heitor Werneck disse à imprensa comercial que a sua chegada visava promover mudanças no formato do evento, diminuindo a predominância de carros de sindicatos, o que tornava o evento 'uma passeata chata'. Ocorre que neste 2018, Werneck não conseguiu nem mesmo o apoio dos empresários, segundo ele mesmo contou à Veja São Paulo nesta semana", continua a nota.
"A CUT-SP e seus sindicatos participam da parada LGBT desde o início, chegando a emprestar equipamentos e veículos quando o evento ainda não recebia apoio do governo e de empresários."
"A atual gestão da associação comprovou, com essa atitude, a que veio", afirma a secretária de Políticas Sociais da CUT-SP, Kelly Domingos. "Diz não querer um evento político, mas se esquece que a parada é justamente um evento de caráter político, que sai às ruas para defender e garantir direitos a uma população que enfrenta muitos desafios no Brasil, que vão desde dificuldades no mundo do trabalho aos milhares de casos de violência e assassinatos. Eles não querem, na verdade, são as entidades de esquerda."
O Guia Gay São Paulo não encontrou a assessoria de imprensa da entidade para responder sobre o assunto.