A polêmica não tem fim. Na terça 10, o médico Drauzio Varella voltou a se pronunciar sobre o abraço dado por ele em Suzi Oliveira, trans condenada por estuprar e assassinar um menino de 9 anos de idade.
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Na sua primeira declaração a respeito do caso, ele disse que agiu como médico e não como juiz. Entretanto, as críticas continuaram.
Em vídeo públicado agora em sua página no Uol, Varella falou pela primeira vez a respeito do jovem morto. "Posso imaginar a dor e peço desculpas para a família do menino que foi involuntariamente envolvida no caso."
O médico deu a entender que teria sido enganado. "As estatísticas oficiais indicam que a imensa maioria delas está presa por roubo e furto. A maneira pela qual a Suzi foi apresentada deu a entender que ela fazia parte desse grupo." E emenda: "Entendo a frustração de quem se decepcionou comigo."
Ele explicou como se deu o abraço. "Eu terminei a entrevista, uma entrevista longa, e ela ficou de cabeça baixa... Eu perguntei há quanto tempo ela não recebia visita. Ela falou sete, oito anos. Eu ainda disse para ela: 'Solidão, né, minha filha?'. Nessa hora, ela se virou para mim. Ela se virou com um olhar tão triste que me comoveu. Para quem acha que eu errei, desculpa, mas esse é meu jeito."
Ao fim, Drauzio assume a responsabilidade pela repercussão negativa do caso e afirma que não será candidato a eleições. Nas redes sociais, foi comum fazerem ataques afirmando que ele teria interesse eleitoral com a reportagem.
Veja o vídeo na íntegra: