A 1ª Vara do Júri de São Paulo condenou os assassinos do ambulante Luiz Carlos Ruas, morto em dezembro de 2016.
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Alípio Rogério Belo dos Santos e Ricardo Martins do Nascimento foram sentenciados a 15 anos e três meses de prisão em regime fechado.
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O crime teve ampla repercussão na mídia em geral por conta da violência praticada e também na comunidade LGBT já que o ambulante estava tentando ajudar duas transexuais.
Uma moradora de rua trans (inicialmente identificada como sendo um rapaz gay) foi o primeiro alvo dos agressores que a atacaram com chutes e pontapés na área externa da estação Pedro II, da Linha 3-Vermelha do metrô, no Brás, região leste da capital.
Uma amiga da vítima, também trans, tentou ajudá-la, e correu, ao ser perguida por Santos e Nascimento.
Luiz Carlos Ruas tentou intervir e recebeu a fúria dos agressores, que destruiram sua barraca. A vítima correu para dentro da estação, mas foi perseguida.
Lá, câmeras de segurança, mostraram que Ruas foi agredido com chutes e socos em frente a vários usuários do metrô, que nada fizeram.
O ambulante foi levado ao Hospital do Servidor Público, onde faleceu.
Em janeiro, o juiz André Augusto Salvador Bezerra, da 42.ª Vara Cível da Capital, determinou, em caráter liminar, que o Metrô pague pensão mensal de R$ 2.232,54 a Maria de Souza Santos, viúva de Ruas.
A Coordenação de Políticas LGBTI da Prefeitura de São Paulo renomeou, em 2017, o Centro de Cidadania LGBTI Arouche para Centro de Cidadania LGBTI Luiz Carlos Ruas, em homenagem ao ambulante.