Um casal gay francês que vive há 10 anos no Brasil passou por situação constrangedora e discriminatória em viagem pela Azul
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Louis Planès e Benjamin Cano planejaram passeio em Trancoso junto com os pais de Benjamin (que moram na França), para que eles conhecessem o neto, de dois anos de idade.
Do Rio de Janeiro para a cidade baiana tudo correu normalmente. Na volta, no entanto, veio uma questão.
Ao receber a certidão da criança, um dos atendentes da Azul teria questionado onde estava a mãe do bebê. O casal informou que o filho é adotivo, não tem mãe, mas, sim, dois pais: eles.
Segundo a assessoria do casal, o funcionário falou que isso não era possível e que iria procurar um agente da Polícia Federal.
Por ser sábado, a PF não estava de plantão no terminal. A família ficou, então, três horas esperando por uma solução.
Os pais de Benjamin tiveram que embarcar para o Rio para não perderam o voo do Brasil para a França.
Louis e Benjamin perderam o voo da Azul e gastaram R$ 5.285,18 para voltar para casa.
Para o casal, o atendente da Azul foi preconceituoso e ofereceu obstáculos ao embarque do filho, mesmo o documento apresentado sendo apto para embarque, conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O caso ocorreu em maio do ano passado, mas neste mês a Justiça foi favorável ao casal.
Ainda assim, a Azul recorreu da decisão. O processo corre na Justiça do Rio de Janeiro.