Casal gay processa Azul por funcionário não aceitar 'dois pais'

Justiça deu parecer favorável aos dois, mas empresa aérea vai recorrer

Publicado em 25/09/2019
Casal gay francês que vive no Rio sofre discriminação na Azul em viagem com filho adotivo
Louis (à esq.) e Benjamin em imagens com o filho. Fotos: Divulgação

Um casal gay francês que vive há 10 anos no Brasil passou por situação constrangedora e discriminatória em viagem pela Azul

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Louis Planès e Benjamin Cano planejaram passeio em Trancoso junto com os pais de Benjamin (que moram na França), para que eles conhecessem o neto, de dois anos de idade. 

Do Rio de Janeiro para a cidade baiana tudo correu normalmente. Na volta, no entanto, veio uma questão.

Ao receber a certidão da criança, um dos atendentes da Azul teria questionado onde estava a mãe do bebê. O casal informou que o filho é adotivo, não tem mãe, mas, sim, dois pais: eles.

Segundo a assessoria do casal, o funcionário falou que isso não era possível e que iria procurar um agente da Polícia Federal.

Por ser sábado, a PF não estava de plantão no terminal. A família ficou, então, três horas esperando por uma solução.

Os pais de Benjamin tiveram que embarcar para o Rio para não perderam o voo do Brasil para a França.

Louis e Benjamin perderam o voo da Azul e gastaram R$ 5.285,18 para voltar para casa.

Para o casal, o atendente da Azul foi preconceituoso e ofereceu obstáculos ao embarque do filho, mesmo o documento apresentado sendo apto para embarque, conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

O caso ocorreu em maio do ano passado, mas neste mês a Justiça foi favorável ao casal.

Ainda assim, a Azul recorreu da decisão. O processo corre na Justiça do Rio de Janeiro.


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