Na quarta 12, chegou ao fim algo inédito no movimento LGBT do Estado. Trinta e cinco marchas arco-íris participaram do Encontro de Organizações de Paradas LGBTI+ do Estado de São Paulo.
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Organizado pela Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, o evento começou na terça 11 com quatro mesas que tiveram objetivo de capacitar as entidades ativistas sobre prevenção combinada contra HIV. Gestores públicos do setor também integraram o encontro para pactuar ações na área.
Integrante da gestão de saúde do governo estadual para HIV e outras IST, Ivone de Paula afirmou que as paradas são estratégicas no enfrentamento da epidemia.
"As marchas LGBT são os maiores eventos do segmento em cada cidade. Temos de cada vez mais aperfeiçoar nosso trabalho como governo em parceria com o movmento social para que esses momentos tornem-se oportunidade de conscientização sobre prevenção."
Dentre os assuntos abordados estiveram estratégias mais recentes de prevenção, tais como a profilaxia pré-exposição (Prep), profilaxia pós-exposição (PEP) e o fato de pessoas soropositivas para HIV com o vírus indectável não transmitirem o agente causador da aids.
No segundo dia, o foco do encontro foi relacionado a desafios das organizações em captação de recursos, legislação e comunicação.
O vice-presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, Renato Viterbo, falou da importância do encontro.
"Juntos somos mais fortes, sempre. E ter feito esse evento é um marco que, com certeza, vai qualificar e elevar o trabalho das paradas, seja da capital, do interior ou do litoral do Estado."
Sócio-proprietário do Guia Gay São Paulo, o ativista e diretor da América do Sul da Intepride, organização mundial de paradas, Welton Trindade, fez fala na mesa de abertura do segundo dia.
De acordo com levantamento prévio da Rede Guiya, que edita inclusive o Guia Gay São Paulo, o Estado é o segundo que mais realiza marchas LGBT no Brasil, são cerca de 50. O primeiro é a Bahia. Os dados finais serão divulgados em janeiro.