Presidente de um país cuja Constituição determina a igualdade de direitos e o combate a qualquer tipo de discriminação, Jair Bolsonaro (PSL) atacou frontalmente a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de tornar crime a discriminação contra LGBT.
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Para o mandatário, a conclusão do julgamento, na quinta 13, foi "totalmente equivocada".
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Na opinião dele, a Corte legislou (fez lei), e a nova regra vai "aprofundar a luta de classes".
As declarações foram dadas em café da manhã com jornalistas na sexta 14.
Bolsonaro ainda disse que a inclusão de LGBT na Lei do Racismo vai impedir que o segmento tenha emprego, pois na hora da contratação quem oferecer a vaga vai "pensar duas vezes".
No Brasil, vários segmentos são protegidos da discriminação, tais como indígenas, nordestinos e negros.
Para evitar a mudança legal, Bolsonaro imaginou uma situação dentro do STF.
Ele reforçou a intenção, posta há alguns dias, de ter ministro evangélico no STF. E explicou a vantagem que sua ideia contra direitos LGBT teria.
"Se tem um evangélico lá, pedia vista e sentava em cima do processo."
Com a aprovação dada pela Corte, agora Bolsonaro projeta outra frente contra a equiparação do racismo à discriminação contra LGBT.
"Acho que o Congresso tomará medidas contra a decisão do Supremo."