Suas palavras reverberam. Seus pensamentos têm adesão. Frequentam circulos de poder, na mídia, na política, no ativismo, nas artes, e conseguem moldar grupos e sistemas a seus argumentos. Muitas pessoas se identificam com suas trajetórias e passam a fazer parte dela. Líderes. Ídolos. Exemplos. Antagonistas.
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Eles e elas são LGBT que ajudam a construir a historia contemporânea não só da comunidade arco-íris como também brasileira de forma geral.
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Como forma de reconhecimento de tudo isso, apresentamos a lista 50 LGBT Mais Influentes do Brasil em 2018.
Trata-se de iniciativa da Rede Guiya, responsável pelos Guia Gay São Paulo, Guia Gay Brasília, Guia Gay Salvador, Guia Gay BH e Guia Gay Floripa.
Não é um rol de famosos simplesmente, não é um compêndio matemático de quem mais possui seguidores em redes sociais. Foi analisada a atuação de mais de 130 LGBT no Brasil durante 2018 para chegar à seleção final.
O critério foi saber o quanto essas pessoas conseguem influenciar a vida de pessoas e os rumos do país, das áreas em que atuam e de lugares onde vivem. Eis quem deixou marcas. Inclusive em você!
20º Spartakus Santiago
O ano de 2018 foi de sedimentação da voz desse publicitário e diretor de arte, com formação no Brasil e nos Estados Unidos, como expressão de quem é negro e faz parte da comunidade LGBT. Firmou-se como influenciador digital - com quase meio milhão de seguidores no Facebook - e levou sua postura aguerrida e didática de afirmação identitária para a TV aberta e fechada, por exemplo. Tornou-se referência!
19º Clovis Casemiro
O Brasil como destino turístico gay tem um embaixador. Coordenador da International Gay & Lesbian Travel Association (IGLTA) no país, Clovis Casemiro coloca sua extensa e internacional carreira no setor de viagens em prol do trabalho de mostrar para o empresariado brasileiro o quanto é lucrativo respeitar e atrair “turistas arco-íris’, e para players ao redor do mundo o quanto o Brasil tem de atrativo em direitos, lugares e eventos LGBT.
18º Paulo Gustavo
Com quase 10 milhões de seguidores (só no Instagram), Paulo Gustavo está acostumado a números superlativos. Na TV, sua sitcom, A Vila, teve segunda temporada de sucesso no Multishow. No cinema, estreou, no fim do ano, Minha Vida em Marte, ao lado de Mônica Martelli. Nos palcos, o ator continua lotando teatros no país com Minha Mãe É uma Peça, espetáculo que o projetou e tem 13 anos de estrada. Na correria de um trabalho para outro, Paulo angaria milhões de curtidas toda vez que posta foto junto ao marido, Thales Bretas.
17º Walcyr Carrasco
Com quase duas décadas de TV Globo, Carrasco se tornou o coringa da emissora. Diferentemente dos outros autores que descansam cerca de três anos entre uma novela e outra, o teledramaturgo escreve quase uma novela por ano. Mesmo bastante criticada pelos especialistas do gênero, O Outro Lado do Paraíso foi sucesso avassalador no horário das nove em 2018. O folhetim abordou a questão da homossexualidade de forma jocosa e equivocada muitas vezes. Porém, ao final, prevaleceu mensagem positiva de respeito à orientação sexual e de identidade gay. (Foto: Bruno Poletti/Folhapress)
A fofoca tem nome e sobrenome no Brasil e são os dele. Com coluna no jornal O Dia, programa na rádio do mesmo grupo de comunicação e participação no Fofocalizando, do SBT, Leo se tornou o nome mais temido e também o mais procurado, respectivamente, por quem quer esconder e por quem procura divulgar sua vida pessoal e profissional. O ano de 2018 foi marcado principalmente pelo seu trabalho na biografia não-autorizada da cantora Anitta, que causa barulho antes mesmo de ser lançada, e um revés: acostumado a falar da vida íntima alheia, a sua própria virou notícia. Admitiu ser viciado em cocaína e passou a se tratar. Deu exemplo no enfrentamento do problema.
Seu canal no Youtube, Para Tudo, transformou a vida desta drag sorocabana. E de milhares e milhares de LGBT. De tutoriais de maquiagem, a artista passou a ganhar cada vez mais seguidores com opiniões francas e sensatas a respeito de cidadania LGBT. Os pedidos e contratações para eventos se multiplicaram e Lorelay chegou à TV, em 2018, como coapresentadora do Superbonita, reality de maquiagem do canal a cabo GNT.
14º Luiz Mott
O movimento LGBT tem seu enfant terrible. E ele tem 72 anos! O decano do ativismo arco-íris é paulistano, mas foi em terras baianas, mais precisamente no Grupo Gay da Bahia (GGB) que ele cunhou uma das mais aguerridas entidades LGBT do País. Há muito, o antropólogo, sempre polêmico e autor de dezenas de livros, é apenas presidente honorário do grupo, mas principalmente por seus levantamentos a respeito de assassinatos de LGBT, seu nome ainda figura praticamente em 101 de cada 100 estudos e reportagens a respeito da cidadania arco-íris no Brasil.
13º Carlinhos Maia
O que um homossexual do interior do Nordeste brasileiro vindo de família pobre tem direito a desejar? Ah, ter 12 milhões de seguidores no Instagram, lotar casas de shows pelo país, ser sócio de empresas robustas e rivalizar com Kim Kardashian em número de visualizações no stories. Seu nome conseguiu alcançar ainda mais relevância em 2018 e angariar mais e mais fãs do seu jeito descontraído e cômico de falar do dia a dia de sua gente. Gente a qual é formada basicamente por heterossexuais, como ele mesmo não cansa de falar. Eis um dos mais bem acabados (e hilários) exemplos dos tempos em que a fama pode ser adereço reluzente de quem bota a cara no sol!
12º Ricardo Sales
Muitas viagens. Agenda cheia de palestras e consultorias. E cabeça repleta de ideias de como empresas podem fazer a palavra diversidade - tão fácil de ser colocada no tais valores da companhia - em realidade. Sales é responsável pelo Comitê LGBT da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial e docente na Fundação Dom Cabral. Por meio de seus estudos na Universidade de São Paulo, onde faz doutorado, e de sua empresa, a Mais Diversidade, Sales é o porta-voz máximo no País a respeito do quanto um empreendimento ganha em produção, responsabilidade social e lucro ao incluir LGBT e mulheres, por exemplo, no quadro de colaboradores e, estrategicamente, na publicidade.
11º Hugo Gloss
O jornalista brasiliense Bruno Rocha ficou conhecido nas redes sociais há alguns anos - quando mal se tinha pensado o que seria um influenciador digital - e sua influência só cresce. Ex-redator do Caldeirão do Huck, da TV Globo, Gloss fincou seu nome no entretenimento e fez de seu blog uma referência na cultura pop, com entrevistas, inclusive internacionais, e notícias sobre música, cinema e TV em primeira mão. Em 2018, relançou sua plataforma de notícias em parceria com o portal Uol. Anuncia cerca de 44 milhões de visualizações por mês. Destacou-se também por atuação em coberturas de grandes eventos, tais como o Oscar.
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