Angelo Leuzzi, um dos maiores visionários da noite paulistana e, por conseguinte, do Brasil, morreu, na quarta-feira 22.
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Foi pelas mãos do empresário que nasceram alguns dos clubes que fizeram história na cena eletrônica de São Paulo.
Nos anos 1980, ele foi fundador do Rose Bom Bom. O espaço recebia shows de bandas que se tornaram algumas das mais importantes do rock nacional, como Titãs e Ultraje a Rigor.
Na década seguinte, seus negócios se expandiram ainda mais.
Leuzzi abriu o Columbia. Ali, no subsolo da casa noturna, acontecia na madrugada de domingo, a primeira noite after-hours do Brasil, o Hell's Club.
O Hell's foi precursor da cena clubber brasileira e se consagrou na coluna que a jornalista Erika Palomino escrevia na Folha de S. Paulo, a Noite Ilustrada.
Também com grande frequência LGBT surgiriam mais dois marcos da cena nos anos 1990 pelas mãos de Leuzzi.
O B.A.S.E. foi uma balada audaciosa instalada no antigo Hotel Danúbio em um área degradada da Avenida Brigadeiro Luís Antonio, na Bela Vista.
Já o Lov.e Club & Lounge, na Vila Olímpia conseguiu levar gays ao reduto de playboys héteros da Vila Olímpia. A casa noturna foi fundada junto com Flavia Ceccato, com quem ele Leuzzi foi casado.
Leuzzi também se casou com a ex-modelo Claudia Liz, com quem teve o filho Lucca. Ele também deixou outro filho, Kali.
O empresário tinha 64 anos e sofreu um enfarte.
A mistura de pessoas de diferentes orientações sexuais sempre foi uma marca de seus empreendimentos.
No Facebook, personalidades da noite lamentaram o seu falecimento.