O endereço LGBT mais tradicional do Baixo Augusta está de volta: Aloka reabre na próxima segunda-feira 11.
O clube, que fechou no início da pandemia da covid-19, agora tem novo dono. É Fábio Lima, do Bofetada Club, que funciona a poucos metros dali. Ele já foi funcionário da boate e as negociações começaram antes mesmo da paralisação.
Ao Guia Gay São Paulo, o DJ e produtor Andre Pomba contou que a famosa noite Grind retornará ao espaço já na terça-feira 12. Depois, será realizada sempre aos domingos, de 19h à 1h.
O endereço passou por grande transformação em sua infraestrutura, diz. Todo o sistema de iluminação é novo e itens de segurança e ar-condicionado foram revisados.
"Aloka foi a primeira casa noturna LGBT (à época GLS), em 1995, a aportar no Baixo Augusta e fazer o bairro virar point do nosso público e ampliar virando um ambiente mix de verdade", lembrou Pomba.
"Evidente que tem todo o clima de revival e vamos tentar honrar a tradição sem apelar aos modismos atuais e dar uma opção de verdade para quem se sente órfão da noite paulistana."
De fato, foi o clube (que era grafado antes como A Lôca) o propulsor da cena LGBT no bairro da Consolação, também conhecido como Baixo Augusta. Por anos, foi a única opção no bairro.
Quando a cena gay morreu nos Jardins, no início dos anos 2000, e o clube Vegas foi inaugurado em 2005, a região virou alvo dos empresários da noite e os locais, tanto LGBT quando héteros, se multiplicaram.
Inicialmente, a casa abrirá de sexta a domingo como bar. A partir de novembro, a expectativa é que passe a operar como clube, assim que as restrições determinadas pelo Estado e município forem atualizadas.
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