Eleições 2016
Informações para o voto LGBT se fortalecer nesse grande momento da democracia

Lésbica, Bel Sá quer representar LGBT na Câmara Municipal de SP

Integrante do PT desde os 16 anos de idade, candidata afirma que partido foi o primeiro a empunhar bandeira arco-íris

Publicado em 24/09/2016
bel sá pt lgbt são paulo
Bel reclama de falta de compromisso com a pauta LGBT por parte de aliados

Técnica em contabilidade e moradora de Guaianases, na Zona Leste, Bel Sá é candidata a vereadora pelo PT em São Paulo nas próximas eleições.

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Aos 49 anos e lésbica assumida, Bel representa São Paulo no Setorial Nacional LGBT/PT e participa do Coletivo Nacional de Mulheres/PT. Ao Guia Gay São Paulo, a pleiteante falou da importância de termos parlamentares locais arco-íris e quais suas bandeiras nesta disputa.

Por que decidiu se candidatar a vereadora?
Porque não temos na Câmara Municipal de São Paulo nenhuma representatividade. O que temos são vereadores que dizem estar ao nosso lado, mas que na hora do vamos ver, como aconteceu no Plano Municipal de Educação (PME), nos deixam órfãos. Independentemente de partido, precisamos mudar esta realidade.

Hoje, temos em São Paulo vários candidatos LGBT e é importante que nossa comunidade conheça as propostas de cada um e que nesta eleição consigamos eleger todos.

Por que escolheu o PT?
Sou petista deste os meus 16 anos. Sei que como em qualquer outro partido, temos problemas, mas o PT foi o primeiro a realmente encampar as propostas dos LGBT de verdade. 

Todos os projetos que de alguma forma trazem mais dignidade e cidadania para nossa comunidade foram apresentados por parlamentares do PT, como a Lei nº 10.948, que combate a homofobia e que foi apresentada pelo deputado Renato Simões em 2001, dentre outros projetos que aguardam aprovação até hoje.

Qual sua principal bandeira?
A minha principal bandeira é construir junto com a comunidade LGBT projetos de leis mais efetivos que garantam politicas públicas inclusivas que de fato combatam a LGBTfobia, de programas de qualificação profissional, de programas de geração de emprego e renda, visando a autonomia econômica e cidadania plena da nossa comunidade.

Qual a maior dificuldade que tem encontrado na campanha?
A maior dificuldade é a falta de estrutura e apoio em todos os aspectos, seja partidário ou da comunidade LGBT, que ainda não se deu conta da importância de nos unirmos para garantir nossos direitos.

Precisamos virar o jogo e ter mais dos nossos escrevendo leis e fazendo frente a quem quer retroceder em nossas conquistas, as quais ainda são muito poucas.


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