Com alegação homofóbica, 'Dia contra Cristofobia" é aprovado em SP

Vereador Eduardo Tuma (PSDB), autor do projeto, quer ter liberdade para criticar LGBT

Publicado em 08/06/2016
Com alegação homofóbica, Dia contra Cristofobia é aprovado na Câmara Municipal de São Paulo
Projeto aprovado pela Câmara vai para a sanção do prefeito Haddad

Foi aprovada pela Câmara Municipal de São Paulo, por unanimidade e votação simbólica, na terça-feira 7, o Dia do Combate à Cristofobia.

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O projeto de lei 306/2015, de autoria do vereador Eduardo Tuma (PSDB) agora vai para a sanção do prefeito Fernando Haddad (PT). Se sancionado, ele passará a constar no calendário oficial de eventos da cidade e será celebrado em 25 de dezembro.

Bispo da Igreja Evangélica Bola de Neve, Tuma citou como exemplo para endossar a legislação a performance de Viviany Beleboni, na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que usou símbolos religiosos para denunciar a homofobia e a transfobia nas edições de 2015 e 2016.

O vereador quer liberdade geral para críticas a LGBT e inverte os papéis de vítima e perseguidor. "Hoje, o critão, principalmente o evangélico, tem suas ações tolhida por algumas opiniões. Você tem uma minoria sendo tolhida de seus direitos, como liberdade de expressão e, até mesmo, às vezes, liberdade de culto", disse Tuma, segundo o jornal o Estado de S.Paulo.

"O cristão, hoje, não pode falar qualquer coisa relacionada à homoafetividade que ele é caracterizado como um homofóbico. Ou seja: falou que é contrário à prática da homossexualidade, ele é homofóbico. Você tem essa questão sendo muito aprisionada", disse.

"Se se considera homofobia um crime, e é um crime que se deve punir, a cristofobia também é um crime e também deve ser punida", afirmou. Ele argumenta que a intolerância religiosa tem aumentado, "especialmente aos crístãos, desde desrespeito com símbolos religiosos e xingamentos".


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