Doença? Ativista faz pedido formal de aposentadoria por ser gay

Toni Reis, de Curitiba, tomou decisão após juiz do DF determinar que psicólogos podem 'curar' homo e bissexuais

Publicado em 18/09/2017
Ativista Toni Reis pede aposentadoria por causa da 'cura gay'
Toni Reis: dinheiro para pagar gays viria de tributação de igrejas promotoras de conversão sexual

O diretor executivo do Grupo Dignidade, Toni Reis, divulgou ofício em que requer aposentadoria compulsória por "homossexualismo".

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O pedido tem como base a decisão do juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho, do Distrito Federal, que concedeu liminar que permitirá aos psicólogos 'tratar' homossexuais para convertê-los à heterossexualidade.

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A decisão da Justiça contraria a Resolução nº 1/1999 do Conselho Federal de Psicologia, que proíbe os profissionais de oferecer tratamento ou "cura" a gays e lésbicas.

Diz Reis no documento: "Entende-se que a partir dessa decisão, em torno de 20 milhões de pessoas brasileiras que são homossexuais (segundo estimativas científicas baseadas no estudo de Kinsey, 1948) tornam-se inválidas e, portanto, elegíveis para receber aposentadoria por invalidez."

"Reconheço que o pagamento desse benefício imprevisto possa quebrar a Previdência Social uma vez por todas, mas sugiro que o déficit incorrido seja recuperado por meio da taxação da renda das igrejas que promovem a 'cura gay'."

"Como ainda não existe tabela para essa doença, sugerimos que o valor mensal do benefício seja 24 salários mínimos, com isenção de todo e qualquer imposto por motivo de crença (ou melhor, doença)."com direito a passaporte diplomático para poder empregar o tempo ocioso em viagens ao exterior, buscando a cura em centros avançados, e também divulgando a boa nova brasileira relativa à cura do 'homossexualismo'."

"Sendo uma dessas pessoas inválidas, devido à minha condição homossexual que é de notório saber, venho por meio deste requerer minha aposentadoria compulsória, com direito a acompanhante especializado, retroativa até o início das primeiras manifestações da minha homossexualidade, por volta do ano de 1970."

A carta é endereçada a Carvalho; a procuradora-geral da República, Raquel Dodge; o ministro do Trabalho e da Previdência Social, Ronaldo Nogueira; e ao ministro da Saúde, Ricardo Barros.


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