Em tempos de epidemia da Covid-19, profissionais do sexo estão dentre as pessoas que mais correm riscos de contraí-la.
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Para ajudar essas pessoas a se prevenirem e também a lidar com esta situação - que pode se prorrogar até por meses - a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) lançou manual chamado "Dicas para travestis e mulheres trans profissionais do sexo em tempos de Covid-19".
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A entidade indica que se ofereça trabalho virtual. "Procurem sites e plataformas que paguem por strip tease e exibição ao vivo (on-line)", diz o manual.
Aconselha-se a evitar receber clientes em casa e preferir por motéis. "Tome banho completo quando terminar e ao chegar em casa."
Outro conselho: "Caso tenha que ir para a pista, evite ficar próxima de outras meninas e tenha lenços descartáveis e álcool em gel na bolsa".
Mais dicas:
- "Se o 'acué' for realmente bom e você estiver precisando muito, dê preferência a clientes conhecidos ou corriqueiros".
- "Use máscaras, luva e evite o contato com fluidos corporais."
- "Se for beber, prefira caipirinha de limão. Peça para pôr mais limão que o normal."
- "Não compartilhe baseados, agulhas, cachimbo ou canudo de pemba."
- "Não passe álcool no 'edy' ou na 'neca'."
A entidade afirma que cerca de 90% das pessoas trans e travestis dependem do sexo como fonte de renda, embora não mostre a fonte desse dado.
Para ajudar a minimizar a perda de renda no período, o coletivo sugere que caso a pessoa more sozinha, que procure alguém para dividir apartamento e, com isso, as contas.
O manual completo pode ser acessado aqui.