Deputado quer cadeia para trans que usarem 'banheiro errado'

Para Sóstenes Calvacante, permitir que mulheres trans entrem em banheiros femininos proporciona más intenções de homens cisgêneros

Publicado em 12/03/2018

Deputado Sóstenes Cavalcante apresenta projeto de lei para transexuais não usarem banheiros adequados

Muitas pessoas transexuais são discriminadas no momento de usar um banheiro público. Se depender do deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), essa discriminação será institucionalizada.

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De acordo com o BuzzFeed, projeto de lei apresentado pelo parlamentar na quinta-feira 08, pretende punir com multa e até prisão de três meses a um ano, transexuais que não passaram pela cirurgia de redesignação sexual e quiserem usar toaletes de acordo com sua identidade de gênero.

Na prática, mulheres trans que possuem pênis ficarão proibidas de usar banheiros femininos e homens trans com órgão sexual feminino também serão proibidos de utilizar banheiros masculinos.

Ficaria instituído, com base em visão preconceituosa, a definição de "banheiro certo" para transexuais e travestis usarem.

Na justificativa da proposta, Cavalcante alega que "a utilização de espaços designados para uso exclusivo masculino ou feminino por pessoas com sexo diverso é motivo de constrangimento para aqueles que possuem comportamento compatível com seu sexo de nascimento, e os expõe, principalmente no caso das mulheres, a possibilidade de abusos de toda ordem".

Para Cavalcante, homens cisgêneros poderiam passar-se por transexuais para entrar nos banheiros com más intenções caso se permita o ingresso dos transgêneros nos toaletes de acordo com sua identidade de gênero.

O deputado salienta que o projeto não é discriminatório e que deve-se repudiar "com veemência discriminações odiosas (...) que venham a ser dirigidas a pessoas não identificadas com seu sexo biológico.

Esta questão está na ordem do dia nos Estados Unidos. Alguns Estados, especialmente sulistas, aprovaram leis parecidas à proposta por Cavalcante. Na Carolina do Norte, por exemplo, inúmeros artistas, como Pearl Jam, Maroon 5 e Demi Lovato cancelaram shows em 2016 no Estado por causa da lei transfóbica.


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