Transformista que dubla Madonna e atua como receptador de objetos roubados dá abrigo a rapazes bonitões e se envolve em crime em meio ao universo marginal do centro de São Paulo.
Primeira montagm do texto teve o estilista Clodovil Hernandes (1937-2009) como protagonista, em 1990.
Desde sua primeira remontagem, Hermes Carpes pediu autorização à filha do autor Zeno Wilde para que mudasse o nome do protagonista de Vanusa para Madonna.
"A mudança deu outra cara ao espetáculo", revela Hermes. Além de canções da rainha do pop, a encenação tem os sons da cidade grande, como buzinas e gritos, compondo a trilha sonora.
Como cenário, o pequeno e bagunçado estúdio imaginado pelo diretor comporta uma cama, uma mesa, um santuário e um banheiro.
Durante dois meses, na fase da pesquisa e laboratório para conceber sua encenação Hermes visitou a Cracolândia, cinemas de filmes pornôs e outros ambientes de prostituição.
Texto: Zeno Wilde. Direção: Hermes Carpes. Com Hermes Carpes, Marcondes Lobo, Kalel de Olveira, Alexandre Amaral, Ronaldo Spedaletti, Fernando Galldino e Diogo Rodrigues. Produção: Hermes Carpes. Produção executiva: Flavia Primo. Figurino e cenário: Carpes Produções. Costuras: Valeria Rocha. Adereços: Marisa Nascto. Maquiagem: Acsa Targino. Fotografia em estúdio: Sérgio Santoian. Fotografia em cena: Freddy Lopes, Ronaldo Gutierrez, Jean Bueno e Deivid R. Purificação. Sonoplastia: Flavio Toda. Desenho de luz e iluminação: Drigo de Lisboa. Contrarregragem: Flávio Toda. Idealização e montagem: Cia. Os Tocáveis. Produção e realização: Primo 88 Produções e Carpes Produções. Classificação: 16 anos. 70 minutos.