Pela inclusão da população de transexuais e travestis no mercado formal de trabalho, uma entidade lançou o K-Lendárias.
Curta o Guia Gay São Paulo no Facebook
Idealizado pelo Centro de Apoio e Inclusão Social de Travestis e Transexuais (Cais), o calendário reúne quatro travestis, quatro homens trans e quatro mulheres trans fazendo alusão a profissões, tais como assistente social ou tatuador, uma para cada mês.
Gil Santos, de 43 anos, um dos retratados na folhinha, conta que desde 2005 não consegue um emprego com carteira assinada. "Eu sou contra cotas, mas, se a gente não tem outra saída, acho que a gente pode começar daí. Enquanto a sociedade não aceitar a gente como a gente é", afirmou ao UOL.
Para Renata Peron, presidente da Cais, "as pessoas trans são segregadas ao extremo, porque são negligenciadas pelos pais, pelo Estado, pela religião. São raríssimas exceções as que estudam, as que batalham, muitas não aguentam, porque é muito difícil".
O objetivo da entidade é distribuir o anuário a empresários e potenciais geradores de empregos, para que a falta do segmento T no mercado de trabalho seja questionada, discutida.
O lançamento do K-Lendárias será no próximo 29 de janeiro, data em que é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Haverá exibição do projeto e do documentário K-Lendárias às 15h na Galeria Olido (Avenida São João, 473, República).
