Já está funcionando no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, o Centro de Acolhida para Mulheres Travestis e Transexuais, primeiro do gênero no Brasil.
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O abrigo é uma iniciativa da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads). No momento, estão sendo atendidas 20 mulheres e a capacidade é para 30. As vagas são prioritárias para as que estão sendo acompanhadas pelo Transcidadania, programa coordenado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e que tem sido referência em diversas regiões do Brasil no que tange a políticas públicas para as pessoas trans.
Além disso, o Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro POP) também faz o encaminhamento das pessoas (estando ou não no Transcidadania) para o abrigo.
O projeto tem investimento de R$ 500 mil e é mantido por meio de parceria com a Coordenação Regional das Obras de Promoção Humana (CROPH). O espaço possui quatro quartos, 14 banheiros, lavanderia, refeitório, três salas de atendimento, sala de convivência e quadra poliesportiva.
Uma das albergadas é a travesti mineira Dani Roma, 42 anos. Ela que já se prostituiu e por seis morou na Europa, está em São Paulo desde 2013. Antes do centro, Dani estava em outra casa de acolhida (Nova Vida) e diz que lá não podia ficar 24 horas por dia. Agora, ela, que estuda no Centro Integrado de Educaçao de Jovens e Adultos (Cieja), tem local para fazer suas tarefas escolares de forma tranquila para alcançar seu objetivo. "Meu sonho é fazer curso técnico de enfermagem", contou ao Guia Gay São Paulo.
Para informações sobre o programa Transcidadania, entre em contato com o Centro de Cidadania LGBT Arouche. Há cinco unidades de Centros POP na capital. Clique aqui na página da Prefeitura de São Paulo para ver os endereços.