Duas vezes candidata a deputada estadual e uma a deputada federal, a transexual Léo Áquilla tenta mais uma vez entrar para o Legislativo e defender os direitos da comunidade LGBT de São Paulo.
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Mineira e morando na capital paulista desde pequena, a jornalista disputa uma vaga na Câmara Municipal este ano pelo PTN. Ao Guia Gay São Paulo, Leonora pontuou que a consciência política da comunidade LGBT ainda não é grande, mas tem crescido.
Por que se candidatar a vereadora?
Resolvi me candidatar desde 2004, quando trabalhei na campanha de um candidato heterossexual. Naquele momento, eu gostaria de ter uma pessoa mais próxima da comunidade LGBTT. O trabalho me despertou para esse alerta, de que nós não precisamos esperar dos outros essa ajuda, podemos ir nós mesmos. Para isso, estudei política na minha pós-graduação na PUC.
Por que escolheu o PTN?
Não tenho muito essa coisa de ideologia partidária. Foco sempre no candidato. Em todos os lados há pessoas boas e ruins. Não podemos ser radicais. Não sou de esquerda nem de direita, sou do avesso.
Escolhi o PTN porque preciso levar em conta, nesse primeiro momento, em qual partido terei mais facilidade para me eleger e com menos votos. Procurei o Psol, mas não fui atendida com atenção necessária para negociar.
Qual sua principal bandeira?
É o combate ao preconceito - de qualquer natureza - e a defesa da igualdade. Para isso, foquei na educação para cortar o mal pela raiz, aplicando a inteligência emocional na formação do indivíduo.
Qual tem sido a maior dificuldade da campanha?
Minha maior dificuldade é o financeiro. Para ganhar uma eleição em um país em que o povo adora vender o voto, o candidato necessita de muita grana. Onde chego, a primeira pergunta que me fazem é quanto vão ganhar!
Fora isso, há ainda a imaturidade da comunidade LGBTT, que não quer se envolver em política. Mas isso está mudando um pouco, graças a Deus.