Point LGBT mais tradicional de São Paulo, o Largo do Arouche pode passar por reforma em breve e, por causa disso, um coletivo de ativistas, políticos, entidades e empresas lançou manifesto para assegurar que o histórico deste espaço não seja apagado.
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Chamado "Manifesto público da Frente pela proteção da diversidade e melhoria da região do Largo do Arouche", o documento está disponível na internet e pode ser acessado e assinado clicando aqui.
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"Queremos propor diálogo amplo que promova e garanta todas as melhorias possíveis de serem implementadas ali desde que seja garantido o devido respeito e usufruto de todas as pessoas que ali já frequentam e residem", diz parte do texto.
Anunciada pelo prefeito João Doria (PSDB) no primeiro semestre, a reforma causou preocupação nos militantes e frequentadores do Arouche, o logradouro brasileiro que mais abriga endereços LGBT no Brasil.
O principal receio da comunidade é que o espaço seja descaracterizado (ou gentrificado) já que a reforma será viabilizada pelo Consulado da França em São Paulo.
A ideia do governo é fazer um boulevard francês. Além do tipo de uso do espaço, o coletivo se preocupa com o tipo de uso social e cultural da área. Doria defendeu caracterizar o local como de expressão artística francesa.
"Que este diálogo seja operado pela prefeitura", continua o manifesto, "mas em parceria com os movimentos sociais organizados, comerciantes, empreendedores e moradores. Não aceitaremos e resistiremos com força, caso não haja diálogo".
A idealização do movimento foi do Coletivo Arouchianos e o documento foi assinado por cinco vereadores - dentre eles Eduardo Suplicy (PT) e Toninho Véspoli (Psol) - além de mais de 30 entidades, profissionais e empresas, como o Guia Gay São Paulo.