Conheça 5 termos politicamente corretos para falar de HIV

Unaids Brasil lançou Guia de Terminologia que trata do assunto

Publicado em 02/10/2017
Unaids lança Guia de Terminologia para HIV/Aids
Objetivo é diminuir estigma e discriminação contra pessoas vivendo com HIV

Lá se vão mais de três décadas em que a doença está presente no mundo - e na comunidade LGBT - e os termos que pareciam ser adequados um dia, agora, não são mais.

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A Unaids Brasil - programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para o combate a este mal no País - lançou o Guia de Terminologia, durante o 11º Congresso de HIV/Aids, em Curitiba, na sexta-feira 29.

O documento contém recomendações sobre uso de palavras que sejam cientificamente precisas e promovam os direitos humanos universais, além da dignidade do indivíduo. Um dos objetivos é facilitar a compreensão dos temas relacionados ao HIV e diminuir o estigma e a discriminação.

"As palavras que escolhemos e a forma como comunicamos nossos pensamentos e opiniões têm um efeito profundo na compreensão das mensagens. A escolha cuidadosa da linguagem, portanto, desempenha um papel importante na sustentação e no fortalecimento da resposta ao HIV, para que ela seja construída sobre uma base livre de estigma e de discriminação", explicou a diretora do Unaids no Brasil, Georgiana Braga-Orillard.

Nossa reportagem separou cinco termos corretos que você usar ao se referir a estes assuntos. As explicações são da própria cartilha. Confira:

1. População-chaveem vez de grupo de risco
O fato de pertencer a grupos não é um fator de risco; mas os comportamentos podem ser. A utilização do termo "grupo de alto risco" pode criar um falso senso de segurança entre pessoas que têm comportamentos de risco, mas não se identificam com tais grupos, além de poder aumentar o estigma e a discriminação contra determinados grupos.

2. Pessoa vivendo com HIV em vez de portador de/infectado por aids
Não se utiliza mais este termo porque é incorreto, estigmatizante e ofensivo para muitas pessoas vivendo com HIV. Ninguém é infectado por aids; a aids não é um agente infeccioso. O termo aids descreve uma síndrome de infecções e doenças infecciosas que podem se desenvolver quando não se toma a medicação, por exemplo.

3. Risco de contrair HIV em vez de risco de aids
Recomenda-se não utilizar este termo, salvo para se referir a comportamentos ou condições que aumentem o risco da evolução da síndrome em pessoas HIV positivas

4. Sexo mais seguro em vez de sexo seguro
Este termo pode implicar segurança total. O termo sexo mais seguro reflete com maior precisão a ideia de que escolhas podem ser feitas e comportamentos podem ser adotados para reduzir ou minimizar o risco de contrair ou transmitir o HIV. As estratégias de sexo mais seguro incluem o sexo sem penetração, o uso correto e contínuo de preservativos masculinos ou femininos, a redução do número de parceiros sexuais, a utilização de outros métodos da prevenção combinada.

5. Teste de HIVem vez de teste de aids
Não existe teste de aids. O teste é de HIV. O teste sorológico anti-HIV baseia-se na detecção de anticorpos para HIV presentes ou não na amostra do paciente.

O Guia de Terminologia Unaids Brasil pode ser acessado clicando aqui.


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